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15.4.11

Wherles Rocha e Moisés Diniz trocam ofensas em bate-boca na Aleac

O que deveria ser apenas mais uma discussão política por pouco não termina em agressão entre parlamentares.
Ângela Rodrigues, da Agência ContilNet
Ambos os parlamentares pediram um perdão mútuo e admitiram que no calor das discussões trocaram acusações impensadas/Fotos: Wania Pinheiro
Ambos os parlamentares pediram um perdão mútuo e admitiram que no calor das discussões trocaram acusações impensadas/Fotos: Wania Pinheiro
Conturbado e agressivo foi o clima que envolveu o pequeno e grande expediente nesta quinta-feira (14), na Assembléia Legislativa do Acre (Aleac) quando o que parecia ser apenas mais um debate político entre a base aliada do governo e a oposição terminou num verdadeiro bate-boca e troca de ofensas entre o líder do governo Moisés Diniz e o deputado oposicionista Wherles Rocha (PSDB).

A discussão teve início quando Rocha falava da falta de atenção da gestão petista com os partidos pequenos, que segundo ele teria dado o apoio e a sustentação política ao PT nas últimas eleições. E como reflexo desse tratamento muitas lideranças estariam buscando novos apoios em outras siglas partidárias.

Em seu discurso Rocha, sem citar nomes, classificou os parlamentares insatisfeitos da base aliada ao governo como “ralé”, devido ao tratamento dispensado pela cúpula do PT.

De imediato, o líder do governo Moisés Diniz partiu em defesa de sua bancada e exigiu em tom ríspido e agressivo que Rocha respeitasse os colegas.

“Aqui não tem deputado ralé, com mais ou menos importância que o outro, isso é um desrespeito. Exijo que o senhor retire o que disse nesta tribuna”, disparou Diniz.


Sem citar nomes, Rocha classificou os parlamentares insatisfeitos da base aliada ao governo como “ralé
Sem citar nomes, Rocha classificou os parlamentares insatisfeitos da base aliada ao governo como “ralé
Neste momento a troca de acusações e ofensas tomou conta da Casa, quando Rocha afirmou que não sentia medo de cara feia e orientou que o colega baixasse o tom da voz e cuidasse melhor de sua base aliada e dos processos judiciais em curso pela justiça eleitoral contra o mesmo.

“Preocupe-se com seus processos e com a denúncia onde o senhor está sendo acusado de ter articulado a saída de detentos da penitenciária de Sena Madureira para votarem em seu favor nestas eleições”, declarou Rocha.

Enfurecido, Diniz advertiu Rocha alegando ele não estava se dirigindo a uma das pessoas torturadas em episódio envolvendo prisões em Sena Madureira comandada pelo então deputado, na época Major da Polícia.

“Me respeite! Não sou um daqueles que o senhor torturou em Sena. E nesta tribuna, uso o tom de voz que eu quiser”.

O clima esquentou e por pouco não houve agressão física. Diante da situação a Mesa Diretora cortou o áudio dos microfones e decidiu suspender os trabalhos até que os ânimos dos parlamentares se acalmassem.

Após alguns minutos, enquanto outros davam prosseguimentos à discussão, ambos os parlamentares pediram um perdão mútuo e admitiram que no calor das discussões trocaram acusações impensadas. Após liberarem o perdão, a sessão terminou em clima de cordialidade entre os adversários políticos.

“Aqui não tem deputado ralé, com mais ou menos importância que o outro, isso é um desrespeito", diz Moisés Diniz
“Aqui não tem deputado ralé, com mais ou menos importância que o outro, isso é um desrespeito", diz Moisés Diniz

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