Anonimato, o antídoto da tirania, da ditadura, da perseguição...

Aquiles, gostaria que postasse esse comentário em seu Blog.

Leitores do blog do Aquiles, esse comentário destina-se a todos que constantemente o crucificam por não se identificar em seu blog, especialmente ao Altino Machado, que produz o óbvio em cerca de 80% de suas postagens. Para quem vocifera contra o anonimato, estigmatizando-o de antidemocrático, e até de covardia, talvez devesse se aprofundar mais no tema, pois facilmente verificaria que ele faz parte, sim, do regime democrático. Mas sabe-se que sua aplicação é mais freqüente e propícia aos regimes de exceção, onde o denunciante forçosamente passa a ser mais importante que o fato. Quando todos deveriam saber que o fato é preponderante, o que interesse.

Como disse, o anonimato exerce também papel relevante na democracia. Ele ajuda a desvendar crimes quase insolúveis, a prender traficantes de drogas, políticos corruptos, etc. Imagine se a justiça ou os aparelhos policiais não se valessem dos disque-denúncias, dos anônimos? Alguém iria, de peito aberto, passar informações ou fazer denúncias a esses órgãos? Expor sua vida e a de seus familiares a troco de quê? Para quem desconhece aquelas operações em que as polícias fazem grandes apreensões de drogas, especialmente em lugares de difícil acesso, ou aquelas prisões de figuras importantes, advêm, em sua maioria de denúncias anônimas.

Tenho certeza que se o Acre, atualmente, vivesse um regime realmente democrático, o Aquiles teria RG, CPF e foto, mas, infelizmente, não temos democracia suficiente no nosso estado para permitir-lhe isso, que as pessoas tenham a liberdade constitucional de expressar ou emitir suas opiniões e fazer denúncias, especialmente de políticos que surrupiam o erário. Para os que condenam Aquiles, antes de crucificá-lo, dêem-se ao trabalho de fazer uma pesquisa e verifiquem se a população não aprova conhecer essas denúncias? Que só podem vir à baila por meio do anonimato. A única reserva que faço é para as denúncias infundadas, que não poderiam ser reparadas, sem se conhecer o denunciante. Digo mais uma vez: para a sociedade, o que importa é o fato, não a fonte.

Finalizando, o anonimato é o antídoto, eu disse antídoto, da tirania, da ditadura, da perseguição, dos que não conseguem dar explicação de seus atos, ou ser questionados. As pessoas públicas, aquelas que exercem função pública, ou que gerem o bem ou recurso público, não só devem explicação de seus atos, como devem estar sujeitas à fiscalização, ao controle da sociedade, à critica, à opinião dos que pensam diferente. Quem se opõe a isso, demonstra que não está apto ou com o devido preparo para o exercício da função pública. Antes de ingressar, todos deveriam saber que na política não é lugar para enriquecimento; é lugar para quem que se propõe a contribuir com o coletivo, em melhorar a vida das pessoas com o uso correto do suado recurso público.

Por Gabriel