Omissão, dívida ou atrelamento?

O município de Tarauacá tem, hoje, a Câmara Municipal mais apática que já se teve o desprazer de vivenciar. A maioria dos nobres vereadores se passa por surdo, mudo e cego, tudo em nome do apadrinhamento e dos benefícios que a prefeita vem distribuindo àqueles que, às custas de muitas garantias, “obedecem” iguais a cães amestrados suas ordens, isso é fato, mas é fato também que isso só acontece porque os supostos fiscais do povo, que foram eleitos com a incumbência de representá-los, só representam, mesmo, é seus próprios interesses.

Justiça seja feita, existem as exceções, felizmente ainda uns poucos (que não passam de três ou quatro), são os últimos remanescentes dessa safra e ainda procuram cumprir minimamente seu papel. Por isso julgo ser necessário trazer o assunto á tona, suscitar, debater a competência ou incompetência das autarquias do Poder Legislativo. Nesse sentido, a partir de agora este Blog trará à baila algumas considerações sobre a postura e o perfil da “nobreza constituída” na Câmara Municipal de Tarauacá.

Para seguir os tramites hierárquicos acredito ser justo encabeçar a lista pelo presidente daquele poder. SR.ROBERTO DE SOUZA FREIRE, conhecido na antiga ponte da anhinga como Roberto CBT, atualmente um dos jagunça da prefeita e mandatário da Câmara de vereadores.

Teoricamente e depois de Marilete, Roberto Freire é, na atualidade, um dos políticos de mais privilégio em Tarauacá, sem se preocupar com a lei e com a ética, há anos vem se beneficiando em cima de barganhas e negociatas. Usando do poder que o povo lhe conferiu só não faz chover porque de resto...

Eleito presidente da Câmara Municipal para o biênio 2011/2012, se utiliza do cargo em benefício próprio e já está perito em tirar leite de pedra ou PHD no manejo do conluio. Só para se ter uma idéia, 70% de todos os cargos da Casa do Povo são indicações dele, sem contar que algumas funções que nem sequer existem no organograma da Câmara, foram criadas por ele só para acomodar seu pessoal, fazendo da Câmara um verdadeiro cabides de empregos.

Ademais disso, tem uma penca de indicados na Prefeitura, para ser sincero nem saberia precisar, mas afirmo sem medo de está sendo injusto, que dispõe de mais coordenações, diretorias, contratos provisórios e prestadores de serviço do que se possa imaginar,  some-se a isso o usufruto das benesses que só o poder pode conferir (nesse caso específico, poder adquirido por ter sido um dos algozes de Vando), a título de exemplo, Pedro Cláver Freire, seu irmão, tem um contrato do Estado e outro do município e ainda tem um cargo comissionado de coordenador pela prefeitura, quer dizer tem três situações empregatícia o que na prática é humanamente impossível e ilegal, visto que só trabalha por uma, se muito for.

Roberto Freire sente-se tão livre para fazer o que quer, que julga estar vivendo em uma completa anarquia política (de fato não está de tudo errado), além de ter criado várias assessorias ainda aumentou, por conta própria o salário dos cargos comissionados que ele mesmo indicou.

Fidelidade é uma qualidade que desconhece totalmente, para ele, mudar de lado é tão fácil quanto mudar de roupa, pular pra aqui e pra ali já se tornou corriqueiro e é condição sine qua non para sair lucrando.

Em verdade, se fosse aqui citar o largo currículo do vereador, afirmo que a dissertação seria longa, só para encurtar a conversa, um crente que se utiliza da Igreja em benefício próprio já diz a que veio, uma pessoa que se passa por fiel servo de Cristo, mas que não pratica seus ensinamentos é o que a Bíblia classifica como HIPÓCRITA e eu acrescento: àquele que demonstra auto flagelo e se passa por bonzinho, só para atrair olhares piedosos, pode desconfiar.

Sei que se abster de votar é uma demonstração de pouca inteligência política, mas nesse caso tão particular e específico, mesmo se Roberto fosse a última opção de voto, prefiro me omitir do que votar em um sujeito tão sem compromisso, sem postura e indigno de consideração, que desconsidera o motivo pelo qual foi eleito e desrespeita a confiança que o povo ingênua e repetidamente depositou nele.

“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas que vêm até vós disfarçados em ovelhas, mas que interiormente são lobos devoradores” (Mt 7; 15).