Gato escondido com o rabo de fora

No meu tempo brincadeira de esconde-esconde era coisa de criança, mas na atualidade virou uma questão de esperteza. Para que compreendam do que estou falando narrarei o acontecimento com riqueza de detalhes.

Ocorre que última segunda feira, a Juiza Joelma Ribeiro e a promotora Eliane Misae foram até a prefeitura para tratar de assuntos relacionados ao conselho tutelar, no momento da reunião aparece na prefeitura aquele que é pago para espionar e passar informações do que é de interesse da prefeita no Fórum de Tarauacá, Abimael Caxias de Almeida, súdito e conselheiro de Marilete. No momento que ia “adentrar na sala do trono” a fiel escudeira Socorro Góes, imediatamente o avisou do perigo iminente e Abimael correu para se esconder em uma das salas do piso de baixo, assim que a conversa terminou novamente Socorro veio e avisou que agora sim a área estava limpa.

Você deve estar se perguntando o motivo de tanto medo, porque ABIMAEL CAXIAS estava tão temeroso de encontrar as representantes da justiça na prefeitura? A resposta é simples, ele acumula indevidamente as funções de funcionário do judiciário e da prefeitura e como já sabemos os funcionários do fórum que tenham outro vínculo empregatício são chamados a optar e já que o súdito ganha e não ganha pouco, para simplesmente aconselhar a prefeita, temia ser descoberto pelas autoridades, na verdade temia ser descoberto pela juíza, porque a promotora é sabedora da situação, aliás, conhece essa e outras irregularidades que acontecem nessa administração e mesmo assim não toma nenhuma providencia.

Penso que um dos piores defeitos do ser humano é a hipocrisia e a mesquinhez, não consigo atinar do que adianta viver de um lado para o outro com o livro sagrado debaixo do braço, vendendo uma imagem de politicamente correto e intelectualmente privilegiado se na prática o comportamento é outro. Não compreendo porque muitos se escondem atrás dessa imagem de falso crente, banalizando o sagrado e disseminando a mentira.

Quando eu perder a capacidade de indignar-me ante a hipocrisia e as injustiças deste mundo, enterre-me: por certo que já estou morto. (Augusto Branco)